quinta-feira, 31 de maio de 2012

Vejam porque a CNBdoB não é católica coisa alguma!!


No último dia 18 de abril, Frei Luís Carlos Susin, professor da PUC do Rio Grande do Sul, foi convidado para apresentar, na Assembléia Geral da CNBB, uma “análise de conjuntura” — aquele bolodório chatérrimo que ela publica todo mês em seu site e que ninguém lê, fora os tipos “intelectuais” que vivem às expensas das entidades católicas do Brasil — voltada exclusivamente ao campo eclesial.
Selecionamos, então, alguns trechos dessa adestração episcopal que é, na realidade, uma verdadeira desconjuntura (segundo os melhores “pais dos burros”, ato de separar, desunir, romper) eclesial, manifestação profética-libertadora de um frei latino-americano (não sabemos se sem dinheiro no banco, parentes importantes e vindo do interior!) daquela “visão inaceitável” que “corre o risco de terminar numa ruptura entre a Igreja pré-conciliar e a Igreja pós-conciliar” …
Perguntar não ofende. Dom Raymundo Damasceno, presidente da CNBB e criado Cardeal há pouco: como o senhor permite tamanha afronta ao magistério de Bento XVI debaixo do seu eminentíssimo nariz? O repertório de desaforos é tão vasto que até o arranjo de altar usado por Bento XVI é chamado de “contaminação da volta do sacro arcaico”. Atos ou omissões podem dizer muita coisa, Eminência. Não seria oportuno se pronunciar a respeito e talvez até revelar o nome do infeliz que teve a desfaçatez de convidar este senhor para falar na Assembléia Geral?
Reputados bispos ditos “conservadores” do Brasil, se é que existem: abram suas reverendíssimas bocas, façam algo, dissociem-se dessa pantomima. Os fiéis clamam!
And last but not least. Frei Susi, quais blogs o senhor tinha em mente ao elaborar o seu discurso? Só podemos interpretar esta sua “aula magna” como um verdadeiro sinal de alerta aos bispos contra alguma sanidade que vem sendo recobrada, pouco a pouco, pelos fiéis e padres em nosso país.
Ah, sim! Íamos nos esquecendo. Calorosa e fraternalmente desejamos: Vão para o raio que os partam, o senhor e seus amiguinhos proféticos latino-americanos, com a sua “Igreja Santa e Pecadora”!

* * *
Frei Luís Carlos Susin discursa aos bispos do Brasil
[...] É claramente equivocado, como fazem os tradicionalistas radicais, acusar o Concílio de provocar ruptura com a tradição da Igreja. O Concílio não é a causa, mas a busca de resposta às rupturas e, mais ainda, ao desmoronamento de um paradigma cultural em que aconteceu a dissociação entre fé e cultura, que Paulo VI colocou em relevo como algo dramático na Evangelii Nuntiandi  - e que foi vivido e sentido pela grande maioria dos bispos aqui presentes. O Concílio nos ajudou a sairmos do gueto cultural já insustentável, foi ponte e não ruptura.
A década de sessenta, de fato, testemunhou uma queda de paradigma também na totalidade da vida eclesial: ficamos órfãos de livros para rezar, sem cantos para cantar, sem livros para estudar, sem roupa adequada para vestir, sem linguagem adequada para nossas homilias, sem referências de autoridade canônica estável para obedecer. Como em toda queda de paradigma, que não se dá por partes, mas em sua totalidade, foi necessário ser criativo até para sobreviver eclesialmente. Isso foi vivido no marco da queda de um paradigma mais amplo e dramático da cultura moderna para a pós-moderna, cujo simbolismo é o ano de 1968 e os que se seguiram.
Quando cai um paradigma, como analisam os especialistas, tudo volta a zero, e todos necessitamos aprender novamente, precisamos ser novamente alfabetizados. [...] Voltar ao paradigma anterior para se proteger de ameaças e sombras é inviável e patético. [...]
[Nota da Redação: A respeito da volta ao zero: "Já durante as sessões e, a seguir, cada vez sempre mais, no período sucessivo, opôs-se um auto-intitulado 'espírito do Concílio', que na verdade, é o seu verdadeiro 'antiespírito'. Segundo esse pernicioso antiespírito [...] tudo o que é ‘novo’ [...] seria sempre, e de qualquer forma, melhor do que o que existiu ou existe. É o antiespirito, segundo o qual se deveria começar a história da Igreja a partir do Vaticano II, visto como uma espécie de ponto zero” – RATZINGER, J.; MESSORI, V. A fé em crise? O cardeal Ratzinger se interroga. São Paulo: EPU, 1985, p. 21]
“Ruptura”, palavra non grata? Ela foi cunhada na área da teoria do conhecimento como “ruptura epistemológica”, significando que contextos novos não podem ser conhecidos por meio de categorias de conhecimento tradicionais, e somente uma ruptura epistemológica prepara uma nova compreensão com uma epistemologia nova. Nesse sentido, ruptura não é uma negação, mas uma colocação em perspectiva histórica. Por exemplo, uma liturgia barroca ou uma igreja barroca fazem parte do tesouro histórico da Igreja, e paramentos barrocos tecidos em fios dourados podem ser apreciados em nossos museus para compreendermos uma época de nossa história. Mas insistir numa missa barroca é ir vivo para o museu. Assim também certas categorias de linguagem, certas leis canônicas que fizeram história, etc.
Mas como a palavra “ruptura” ganhou um sentido diabólico em alguns segmentos da Igreja [Outra nota da redação: particularmente, na Sé de Pedro], talvez seja mais sábio não utilizar a palavra. A palavra adequada é “renovação”, como enfatizou Bento XVI. Segundo ele, trata-se da “reforma na continuidade do mesmo sujeito Igreja”. Os que utilizam a hermenêutica da continuidade dão ênfase à continuidade mais do que à reforma.  Mas a palavra chave para entender um Concílio que quer introduzir uma reforma é, de fato, “renovação”, pois esta é a história do cristianismo desde o evangelho: novidade, e, portanto, renovação. Importa mais o futuro do que o passado, e a memória só tem sentido enquanto reforça a esperança.
[...]
Tanto no clero como entre os católicos que estão inseridos em movimentos e organismos eclesiais, a cinqüenta anos do começo do Concílio, temos uma geração naturalmente afastada da experiência do Concílio e do seu contexto. É uma geração que, em caso positivo, escuta ou estuda um acontecimento do passado. Que importância conseguem dar à recepção do Concílio, por exemplo, no Pacto da Catacumba ou em Medellín? Há uma dificuldade que agrava a consciência da relevância do Concílio e da sua recepção, já mencionada na introdução: a menor importância que se dá, hoje, na cultura, à consciência histórica e crítica. Quando, por exemplo, um grupo de jovens se organiza para reivindicar uma liturgia anterior ao Concílio, fazendo a afirmação equivocada de que se batem pela liturgia “que sempre foi e sempre será!”, estamos diante de um conflito por falta de interesse por informações de ordem histórica.
[...]
Se o Vaticano I fortaleceu o primado petrino do bispo de Roma, o Vaticano II complementou o ensinamento sobre a hierarquia sublinhando o papel do colegiado dos bispos e das Igrejas locais. O colegiado exercido nas Conferências introduziu o que Dom Boaventura Klopenburg chamou de “novo gênero literário” do magistério. Cinqüenta anos depois se pode encontrar nos sites das Conferências os resultados de tal exercício. O CELAM e a CNBB tiveram momentos antológicos que repercutiram no conjunto da Igreja. Recentemente um fórum de católicos do Quebec se dirigiu aos seus bispos pedindo que evitassem la peur de Rome ["o temor de Roma"], para que fosse o debate com Roma e não a subserviência a marca do exercício da colegialidade 
[...]
No entanto, por diversos caminhos, a palavra “participação” é decisiva na eclesiologia pós-conciliar. Um dos elementos que deixam a situação nervosa é a maior participação das Igrejas locais na nomeação de seus bispos. As consultas secretas sub grave tem suas razões, mas sobram duas perguntas: Esta forma consegue evitar a endogenia interna à hierarquia da Igreja? Ela evita as pressões e eventuais corrupções locais, mas não fere a sensibilidade de participação também nas responsabilidades maiores da Igreja, selando um abismo entre leigos e hierarquia, e às vezes também entre clero e seus bispos? Tal situação se replica também nas comunidades paroquiais.
O verdadeiro poder, que evita tanto o caos como o autoritarismo, é, conforme refinada conceituação de Hannah Arendt, “capacidade de ação em conjunto”, portanto tecido por consensos desde a discussão até a decisão. Ainda que se advoguem razões de revelação e de direito divino para agir de modo diferente, o poder e a autoridade arriscam ficar sem plausibilidade e sem eficácia quando utiliza o mecanicismo “exteriorista” de tipo “manda quem tem o poder e obedece quem tem o dever”.
Examinando a realidade, há inúmeras comunidades paroquiais levadas nos ombros de grupos de leigos, frequentemente mais mulheres que homens, mas há também o fato sintomático de mulheres, inclusive da vida religiosa feminina mais consciente, que se distanciam de uma Igreja governada somente por homens. Não é o caso de entrada de mulheres no sacerdócio ministerial, mas de oportunidade de participação nas instâncias de governo da Igreja.
Papa celebra missa "de costas" para o povo
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Não se pode dialogar simplesmente apelando para o princípio de autoridade, citando o magistério. Como o magistério autêntico é um ministério específico de autentificação, ou seja, de oficialidade, é natural que seja um pouco mais conservador do que os trabalhos e ensaios dos teólogos, mas estes precisam de apoio e confiança para suas pesquisas e sua audácia criativa, sem que pese tacitamente a possibilidade de perda de missio canônica e outros incômodos. Francamente aqui fala um teólogo para os senhores bispos: há um clima de conformismo exagerado e temeroso. Embora tal clima não corresponda tanto ao Brasil como a outros países.
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Permitam-me três exemplos, sintomas que causam ruído em nossa liturgia: em alguns casos, o neo-sacerdote, depois da unção das mãos, foi convidado a percorrer a igreja com as mãos levantadas sob o aplauso dos fiéis, reforçando assim a percepção de sua sacralidade e diferença. Ora, o óleo, que é do crisma, é o mesmo no qual são ungidos todos os cristãos para assumirem seus ministérios de vida cristã adulta. O testemunho da sacralidade dessas mãos será o seu próprio serviço, não o culto às mãos. O segundo exemplo é o costume recente, já corrigido com fadiga em algumas dioceses, de conduzir o Santíssimo exposto em ostensório para que o povo o toque com suas mãos ou outras manifestações de fervor, o que os liturgistas alertam como perda de foco da celebração eucarística, onde há comunhão, mais importante do que o toque fervoroso. É também incompreensão da reserva eucarística, sempre subordinada à participação na eucaristia. O que eu queria sublinhar é que esta exuberância típica do barroco leva a supervalorizar, por exemplo, o toque ou a adoração mais do que a comunhão, o que nos conduz diretamente para o sacro arcaico. Finalmente, o acento unilateral que, na celebração eucarística, ganhou ultimamente, tanto em termos de linguagem como na disposição do espaço e objetos litúrgicos, o aspecto de sacrifício centrado na cruz ou nos altares de queima da vítima animal. Ora, o memorial eucarístico abrange toda a vida, a morte e a ressurreição de Jesus, e a melhor forma da mesa é a ceia da comunidade em torno à mesa da comida. Novamente retorna a pergunta: é contaminação da volta do sacro arcaico também na Igreja?
Conjuntamente com este acento no sacro, ressurge também entre nós o risco de dualismo entre religião e mundo, sacro e profano, contrário à economia da encarnação e da transfiguração pascal cristã. Tais sintomas aparecem em movimentos eclesiais e em homilias catastróficas a respeito do mundo em seus diversos aspectos e onde a religião parece pairar acima do mundo degradado.
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Evidentemente, o Concílio reclamou para a liturgia o retorno aos três aspectos da genialidade romana: a simplicidade, a sobriedade e a funcionalidade. Estes três princípios permitem uma boa transparência, sólida e séria. Juntamente com a participação ativa e os ministérios, isso nos dá critério suficiente para discernirmos os eventuais excessos de entusiasmo pagão e a transformação da liturgia em performances de passarela e culto à personalidade.
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Há novos estilos de comunidades, no Brasil bem pesquisadas pelo grupo da antropóloga Brenda Carranza da Puc de Campinas. Há dois perfis nessas novas comunidades, algumas de estilo soft, pertença leve e pouca institucionalidade, mais de acordo com os ares pentecostais que respiramos. Mas as mais notáveis são as de pertença hard, dura e total, buscando uma plataforma firme num mundo movediço e meteorológico. Esses grupos tendem a ser restauracionistas, e em seus sites, sobretudo em blogs com comentários, seguem um tom bastante agressivo em relação aos que são católicos de outra forma. Sem adequada formação podem terminar em fanatismo e violência verbal. Algumas ocorrências de excesso de basismo nas comunidades de base, em décadas passadas, parecem quase inócuas diante da crescente agressividade de grupos tradicionalistas que se pode detectar na Internet a nível internacional e nacional.
Embora o clima pentecostal favoreça uma sensibilidade mais ecumênica, a mídia de algumas denominações pentecostais tem contrastado o nome de católicos com o nome de cristãos, que, nesse caso, substitui a palavra “crente” e suas conotações pejorativas vindas dos católicos. Ficamos assim reclassificados por eles: os cristãos são os que seguem Jesus, e os católicos são os que seguem o Papa. Como estamos em tempos de desapropriação de símbolos e especialmente da linguagem, fica muito difícil desfazer este sofisma. O único instrumento sem retaliações indignas é o de utilizarmos também com abundância o nome de cristãos. (Embora seja verdade que inúmeros grupos católicos utilizem as assim chamadas “três brancuras” – a hóstia, Maria e o Papa – para caracterizar a identidade católica que, de resto, usa muita linguagem comum desses tempos pentecostais. Se por hóstia entendemos os sacramentos, por Papa entendemos magistério e clero, e por Maria toda uma forma de devoção e fervor, é certo que dizem muito do que é a identidade católica que de fato é percebida. Mas se desenvolvermos as formas indicadas pelo Concílio Vaticano II, tudo ganha maturidade).
[...]
Ainda é sentida a dolorosa situação de crime infame nos abusos por pedofilia, conjugados ao abuso de poder sacro e de traição da confiança, que teve como consequência a percepção de falibilidade da Igreja e a diminuição de autoridade pública como perita em humanidade. Em termos eclesiológicos já se confessava antes disso sermos Igreja santa e pecadora, mas o cultivo da sacralidade do clero e a repugnância pelo tipo de crime foram um choque incomparável a outros casos de pedofilia: corruptio optima péssima. (A falta de verbo nos faz traduzir frequentemente pelo lado da consequência: a corrupção do melhor o torna o pior. Mas pode ser traduzido de forma mais contundente ao se referir à sacralidade: a corrupção do melhor engendra o pior. É o “anticristo” que se pode surgir em meio cristão, quando se perverte, segundo João.) Ou seja, foi a própria sacralidade do poder, considerado inatingível exatamente por sua sacralidade, que gerou o pior tipo de pedofilia, justamente aquela vinda de pessoas consideradas sacras. [...] As estatísticas dão esperança, uma vez que a concentração de casos de abuso está em clérigos cuja formação se situou exatamente no paradigma pré-conciliar que já não se sustentava mais. Não voltar para as condições de formação daquele tempo já é um ganho. Mas este é só o lado negativo. O lado positivo da cura é, insisto, o testemunho do contrário do escândalo: o socorro aos pequeninos, a opção preferencial pelos pobres e pelos que sofrem, seguindo o começo da Gaudium et Spes e a grande tradição latino-americana.


quarta-feira, 30 de maio de 2012

Hoje é dia de Santa Joana D'Arc!

Prezados amigos,

Salve Maria!

Santa Joana D'Arc
Hoje, 30 de maio, é dia de Santa Joana D’Arc, co-padroeira desta Associação.

Para conhecer mais sobre a História da Santa padroeira da França, clique aqui.

O filme sobre a vida de Santa Joana pode ser encontrado aqui
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Ó Santa Joana D’Arc, vós que, cumprindo a vontade de Deus, manifestada por vozes de anjos, de espada em punho, lançastes à luta, por Deus e pela Pátria, ajudai-me a perceber, no meu íntimo, as inspirações de Deus. Com o auxílio da vossa espada, fazei recuar os meus inimigos que atentam contra a minha fé e a Minha Pátria. Santa Joana D’Arc, ajudai-me a vencer as dificuldades no lar, no emprego, no estudo e na vida diária. Que nem opressões, nem ameaças, nem processos, nem mesmo a fogueira me obriguem a recuar, quando estou com a razão e a verdade. Santa Joana Darc, iluminai-me, guiai-me, fortalecei-me, defendei-me, Amém!

terça-feira, 29 de maio de 2012

Viva o progressismo!! Padre cospe fogo na missa!!

Dá-lhe Concílio Vaticano II!!

Dá-lhe progressismo!!

Dá-lhe modernismo!!

Dá-lhe nova liturgia!!

Atenção!! Missa Tridentina na Peregrinação!!

Prezados amigos,

Salve Maria!

Temos a alegria de anunciar que na Peregrinação que faremos ao Santuário Estadual de Nossa Senhora da Piedade, Padroeira do Estado de Minas Gerais, termos Missa Tridentina e será celebrada pelo Padre Tarciso assim que terminarmos de subir a Serra, mais ou menos as 12:00 (meio dia), na Ermida Antiga.

É uma conquista imensa para os fiéis de Minas Gerais, sobretudo os de Betim, Contagem e Belo Horizonte, poder ter Missa Tridentina no Santuário da Padroeira do seu Estado.

Gostaríamos de recordar que a Peregrinação ao Santuário Estadual de Nossa Senhora da Piedade, na cidade de Caeté, se dará no dia 17 de junho seguindo estas normas.

É preciso que façam a inscrição a fim de apurarmos a quantidade de pessoas das cidades que irão, bem como a acomodação dos fiéis no Santuário.

Espalhem a boa notícia!

In Iesum per Mariam!

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Quem é a RC"c" de verdade? Como nasceu e quem fundou?

Uma ilusão perigosa


  
A Renovação Carismática Católica parece ser a última esperança dos Bispos para encher as suas igrejas. Será realmente a solução correta?
Todos os promotores do movimento carismático que se autodenomina católico fazem alarde, com complacência, dos efeitos do “batismo do Espírito”, como o Pe. Caffarel em Deve-se falar de um pentecostismo católico?. Falam de muitos assuntos: o incremento de vida divina e o descobrimento do Hóspede interior, uma oração viva e jubilosa; o amor à Sagrada Escritura; o apego à Igreja; o impulso missionário; uma experiência de liberação (no plano físico, moral, psicológico) e, por último, os carismas: profecia, discernimento dos espíritos, poder de curas, falar em línguas, dom de interpretar... Em poucas palavras: tudo de que se precisa para renovar a paz na terra! E justamente porque provoca estes efeitos maravilhosos de ardor religioso, a renovação carismática apresenta um atrativo fora do comum, uma vez que a atração do extraordinário é mais forte do que todas. De fato, que sacerdote, que católico militante não deseja que seu apostolado seja eficaz? Que discípulo de Cristo não deseja ardor ao rezar, ao ler a Sagrada Escritura, ao praticar a caridade? Que cristão não deseja “sentir” o amor de Deus, sua inefável presença, sua ação benéfica? Que católico não se cansa de viver na “nudez” da fé, na “negrura” da esperança (sperare contra spem), num mundo cada vez mais deserto, no qual os medos, os compromissos, as traições asfixiam cada vez mais a Verdade, natural ou sobrenatural, e onde a caridade é muitas vezes nada mais que filantropia sem fogo divino e sem chama?
A “fé” carismática é feita de intuição, de sentimento, de experiência interior. É uma “fé” imanente e subjetiva. Não se trata de “saber” para crer, mas de “sentir” para crer. A alma toma o caminho da sensibilidade, e é aí onde o demônio está na espreita.

Suas origens
 Tudo começou com a participação de alguns católicos em assembléias de pentecostistas protestantes e com a recepção do “batismo do Espírito” por obra dos pentecostistas.
Em 13 de janeiro de 1967, “dia da oitava da Epifania, consagrado pela liturgia católica à celebração do batismo de Jesus por meio do Espírito Santo no Jordão, ... eles [os fundadores do pentecostismo] encontravam-se na casa de Miss Florence Dodge, uma presbiteriana que havia organizado um grupo de oração há algum tempo. O grupo reunia-se em sua casa com regularidade e ela habitualmente dirigia essas reuniões” (Le Retour de l’Esprit, p. 22, ed. du Cerf, Paris – livro dos Ranaghan, que figuraram entre os primeiros “pentecostistas católicos” e também entre os primeiros em escrever sobre o movimento carismático). Mais tarde, três professores de Pittsburg e a esposa de um deles assistiram uma primeira reunião carismática: “Deixou-nos uma impressão duradoura, diz um deles, de que ali operava o Espírito [?]” (Ibidem, p. 23).
Dois dos professores (Ralph Keifer e Patrick Bourgeois) assistem à reunião seguinte: “terminou – diz Ralph Keifer – quando Pat [Patrick Bourgeois] e eu pedimos que rezassem conosco a fim de recebermos o batismo do Espírito.
Eles se dividiram em vários grupos, porque rezavam por várias pessoas. Só me pediram que fizesse um ato de fé para que o poder do Espírito operasse em mim. Logo rezei em línguas” (Ib., p. 23). “Na semana seguinte – acrescentam os Ranaghan -, Ralph [Keifer] impôs as mãos aos outros dois [ou seja, ao outro professor de Pittsburg e à esposa de um deles] e também eles receberam o batismo do Espírito” (Ib., p. 24). O processo está a caminho: o iniciado torna-se iniciador e transmite o “influxo espiritual”. Todo o chamado pentecostismo ‘católico’ se encontra em germe nesses textos do livro dos Ranaghan. Prosseguindo sua leitura, vemos como a “corrente” passa de um dos promotores aos recém-chegados: “Um casal de noivos ... tinha ouvido falar do “batismo do Espírito Santo” e desejava recebê-lo. Aproximaram-se então de Ralph Keifer [um dos fundadores do pentecostismo “católico”] e pediram-lhe que rezassem com eles para que o Espírito Santo se fizesse plenamente em sua vida... Foram profundamente tocados pelo Espírito de Cristo. O Espírito manifestou-se muito rápido com o dom das línguas e aquele jovem e aquela senhorita louvaram a Deus” (Ib., p. 29). E tudo não acaba aqui: “Mas eles sabiam que, ao mesmo tempo, uma das jovens [membro do grupo pentecostista] ... tinha sido atraída para a capela e que ali tinha sentido a presença quase tangível do Espírito de Cristo. Saiu tremendo da capela e chamou os outros para que regressassem até ali. Os membros do grupo, sozinhos ou em dupla, dirigiram-se para lá e, enquanto estavam todos unidos em oração, o Espírito Santo se fez derramar sobre eles” (pp. 29-30). Salta à vista que essa espécie de “Espírito” sopra muito e “pneumatiza” todo aquele que se entrega a sua ação transbordante de favores carismáticos! Em poucas palavras: a corrente carismática passou do protestantismo herético e iniciático aos supostos católicos, provocando “efeitos maravilhosos” de ardor religioso que não podem ser explicados por uma causa sobrenatural, porque o Senhor não pode de maneira alguma participar de uma experiência feita por católicos desobedientes à Igreja, em um ambiente herético e com uma iniciação, um rito, abertamente acatólico.

A iluminação iniciática
 O pentecostismo carismático parte de um fenômeno que, segundo parece, quer se fazer passar por uma obra do Espírito Santo; tal fenômeno consiste em uma iluminação iniciática.
A iluminação iniciática constitui o umbral das sociedades secretas, congregações iniciáticas, etc. No movimento carismático, essa iluminação “precipita” a alma num universo que já não é o da fé católica, e sim outro universo. Para se chegar à iluminação iniciática, requer-se uma escolha, uma decisão. No movimento carismático, tal escolha consiste em receber o famoso “batismo do Espírito”. Nota-se que a iluminação iniciática não é algo que se aprenda, mas uma “impressão” que se recebe e que não se pode explicar.
No movimento carismático, nada, absolutamente nada, pode verificar-se sem um membro “iniciador”, que já tenha recebido o “batismo do Espírito” (ou seja, a “iniciação carismática”) e que, por si só, tenha-se tornado capaz de transmitir o “influxo espiritual” responsável pela impressão iniciática. Isso constitui um elemento capital no movimento carismático, elemento que também permite distinguir o Sacramento da Confirmação conferido no seio da Igreja Católica do mencionado “sacramento carismático”, pois somente um bispo pode conferir o Sacramento da Confirmação (ou um sacerdote delegado por ele), e ele não pode transmitir seu poder a seus sacerdotes e muito menos aos leigos. No movimento carismático, ao contrário, o iniciado transmite, através da iniciação, seu próprio poder de “iniciar”. Além disso – coisa estranha – um Cardeal pode receber a iniciação carismática das mãos de um menino dotado de “poderes espirituais” dos quais careceria o príncipe da Igreja. Basta que este menino tenha recebido o “sacramento” iniciático do “batismo do Espírito”. Tendo em vista a natureza hierárquica da Igreja, isso é simplesmente uma aberração!
Assim, os grupos carismáticos podem multiplicar-se até o infinito: basta que tenham um “iniciado”, seja padre, religioso ou leigo, homem ou mulher, velho, adulto ou criança. Isso não importa.

A iluminação iniciática exige um rito
 Outro ponto capital é o da necessidade de um rito para realizar a iluminação iniciática.
O movimento carismático é a história de um influxo “espiritual” (alheio à fé católica) transmitido por um “iniciado” mediante um rito que serve de veículo: o “batismo do Espírito” com a imposição das mãos. Rito que os católicos foram buscar entre os pentecostistas protestantes! O movimento carismático não é nada, absolutamente nada, sem esse rito, quer dizer, sem a transmissão de um influxo “espiritual” destinado a produzir uma impressão ou uma iluminação iniciática.

A questão capital: de que natureza é esse influxo iniciático?
 Nesse ponto arma-se a pergunta importante: qual é a verdadeira natureza desse influxo iniciático?
Basta ler o testemunho das vítimas da renovação carismática para compreender que o “Espírito” que dá sua força preternatural ao influxo iniciático produz efeitos absolutamente extraordinários pelo seu número, gênero, rapidez, intensidade.
Será um influxo de ordem preternatural, diabólico? É possível. Mas, uma vez que o demônio se sobressai na arte de disfarçar-se em anjo de luz, o que importa é distinguir os influxos. Que anjos intervêm na iniciação? Os bons concorrem somente para preparar a iluminação da fé e têm sempre a maior discrição. Mas os anjos maus podem alimentar qualquer tipo de ilusão e torná-la sedutora, acompanhando-a até de prodígios nos homens que se entregam à sua ação.
A iluminação carismática não pode ter uma origem divina no movimento carismático, porque sua fonte não é a da fé católica.

A doutrina católica dá o remédio contra a sedução diabólica
 Visto que o mal contido na iluminação iniciática não é manifesto, as almas não se questionam se tudo está bem ou mal, e caem facilmente na rede infernal sem sabê-lo. Para livrá-las de sua cegueira, seria mister fazer o discernimento dos espíritos, o único meio que permite realmente ver uma inspiração diabólica ali onde se crê ver uma inspiração divina.
Deus, de fato, não se pode deixar roubar o Sacramento da Confirmação por uma caricatura simiesca totalmente alheia à fé católica. Deus, na verdade, é dono de seus dons e pode dar os que quiser, a quem quiser e quando quiser. Mas o católico não deve “tentar” o Senhor (Mt 4,7), diferente do que o pentecostismo-renovação convida a fazer.
Por isso São Vicente Ferrer, assim como Santo Tomás e São João da Cruz, põe as almas de sobreaviso contra a “sugestão e ilusão do demônio, que engana o homem em suas relações com Deus e em tudo o que se refere a Deus” (A vida Espiritual). Ele dá o remédio contra as tentações espirituais suscitadas pelo diabo: “Os que queiram viver na vontade de Deus não devem desejar obter [...] sentimentos sobrenaturais superiores ao estado ordinário daqueles que têm um temor e um amor a Deus muito sinceros. Tal desejo, de fato, só pode vir de um fundo de orgulho e de presunção de uma vã curiosidade em relação a Deus e de uma fé demasiado frágil. A graça de Deus abandona o homem que está preso a este desejo e o deixa à mercê de suas próprias ilusões e das tentações do diabo que o seduz com revelações e visões enganosas” (Ibidem). E também: “Fugi da companhia e da familiaridade daqueles que semeiam e difundem essas tentações e daqueles que a defendem e louvam. Não escuteis seus relatos nem suas explicações. Não procureis ver o que fazem porque o demônio não deixaria de vos fazer ver em suas palavras e obras, sinais de perfeição aos quais vós poderíeis prestar fé e assim cair e vos perder junto com eles” (Ib.). Acrescentamos as palavras de Santo Inácio, “expert” no discernimento dos espíritos: “É próprio do anjo mal, transfigurado em anjo de luz, começar com os sentimentos da alma devota e terminar com os próprios”.
Desde o momento em que a alma cruza o umbral do universo carismático (universo oculto) pode acontecer de tudo. Tudo começa com dons inefáveis: entusiasmo e ardor fervoroso, liberação dos complexos, dos vícios, dom de profecia, de cura, de glossolalia (ou xenoglossia: falar em língua estrangeira desconhecida), etc...
Impossível não se lembrar dessas palavras do Evangelho: “Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome, e em teu nome expulsamos os demônios, e em teu nome fizemos muitos milagres? E então eu lhes direi bem alto: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que operais iniqüidades (Mt 7 – 22, 23).

A “Igreja do amor” ou o homem no lugar de Deus
 No livro de Huysmans intitulado Là bas, há uma passagem particularmente importante que evoca a igreja carismática de João (contraposta à Igreja hierárquica de Pedro), que florescerá com a vinda do Paráclito e que se chama a “igreja do amor” (em sintonia com a “civilização do amor” de Paulo VI), a “igreja da reconciliação”, a “igreja ecumênica” ou “universal” (em virtude de seu carismatismo): “É um axioma teológico que o espírito de Pedro vive em seus sucessores. Viverá neles, até a expansão auspiciada do Espírito Santo. Então João, – diz o Evangelho – começará seu ministério de amor e viverá na alma dos novos Papas”. Esse texto mostra claramente o laço esotérico que liga a “expansão do Espírito Santo” (conduzido pela “renovação carismática”) e o “ministério de amor” de João. O autor esotérico Salémi enunciava em 1960: “O novo evangelho de João logo será pregado em toda a Terra” (Le message de l’ Apocalypse, p. 293).
Estamos no tempo desse “novo evangelho”: “Invoca-se o Apóstolo S. João – escreve Pierre Virion -, discípulo do amor, contra a autoridade de Pedro. É a velha teoria Rosa-Cruz, que profetiza a igreja esotérica [iniciática] de João, superior à igreja exotérica [não iniciática] de Pedro, e cujos tempos apocalípticos parecem ter chegado. A Igreja Romana deve ceder-lhe o posto, deve desaparecer tal como é: ‘Abriu-se ... o ciclo de João’” (Mystère d’iniquité, p. 146).
Surge então a pergunta: que significa essa “igreja de João”, a igreja da terceira hora, a igreja da hora do Espírito Santo? A igreja de João já não é Deus em primeiro lugar, mas o homem; não a transcendência, mas a imanência; não a fé, mas o gosto sensível, o prodigioso, os carismas (democraticamente assegurados a todos, graças ao “batismo do Espírito”); não o dogma, mas a “revelação interior”, o subjetivismo, o profetismo, o iluminismo; não o sacramento instituído por Cristo, mas outra espécie de “sacramento” enxertado em uma corrente oculta (assim é o “batismo do Espírito”: uma paródia de sacramento com efusão da “graça diabólica” através de um rito herético); não a Eucaristia-Sacrifício (daqui vem a fúria contra o rito chamado de S. Pio V), mas a eucaristia-festa; não o sacerdócio ministerial, mas o caráter sacerdotal de todo fiel (1); não a igreja hierárquica e carismática ao mesmo tempo, mas uma igreja meramente carismática; não o Papa, mas um sínodo paralisador; não os bispos, mas uma colegialidade sufocante; não os párocos, mas as assembléias presbiteriais; não a hierarquia oficial, mas as comissões, comitês, etc., etc., constitutivos de um governo paralelo; não a Igreja Católica Romana, mas uma igreja universal que inclui todos os cultos tributados a qualquer divindade. Em conclusão: o que René Guénon chamaria de “igreja integral”. E esta “igreja integral”, cujo objetivo é destruir por asfixia a igreja hierárquica tradicional, a igreja de Pedro, deve ser o fruto da vinda do Espírito (os Ranaghan diziam: do “retorno” do Espírito), porque é o “Pentecostes” deste “Espírito” que permitirá a João exercer seu “ministério de amor”!
Compreendemos agora porque em nossos dias fala-se tanto de amor: “Enganar-se-á o povo em nome do amor, de um amor que não é a caridade teologal, mas cujo nome usurpa. Assim, nunca tínhamos lido tanto nas publicações maçônicas a frase: ‘Amai-vos uns aos outros’. Mas é sempre empregada, em nome de Cristo, contra sua Igreja” (Mystère d’Iniquité, cit., p. 146).

Que fazer?
 Que fazer diante desta cegueira causada pela invasão carismática, caricatura diabólica do Sacramento da Confirmação, chamada de “batismo” com razão, porque marca a passagem do mundo católico ao mundo oculto? São João da Cruz dizia: “[Uma vez cegada a alma] poder-se-á enganar quanto à quantidade ou qualidade, pensando que o que é pouco é muito, e o que é muito, pouco; e quanto à qualidade, considerando o que está em sua imaginação como uma coisa, quando não é senão outra coisa, trocando, como diz Isaías, as trevas pela luz e a luz por trevas, e o amargo por doce e o doce por amargo (5, 20)” (Subida do Monte Carmelo, L. 3, cap. 8).
Hoje, mais do que nunca, é necessário insistir no que constitui a verdadeira vida de fé. Continuemos ouvindo S. João da Cruz: “ (...) e assim, estando a alma vestida de fé, o demônio não a perturba, porque com a fé ela está muito amparada – mais do que com todas as demais virtudes – contra o demônio, que é o mais forte e astuto inimigo.
Por isso S. Pedro não encontrou maior amparo do que a fé para livrar-se do demônio quando disse: Cui resistite fortes in fide (2) (I Petr 5,9). E para conseguir a graça e a união com o amado, a alma não pode ter melhor túnica e vestimenta interior, como fundamento e princípio das demais virtudes, que esta brancura da fé, porque sem ela, como diz o Apóstolo, é impossível agradar a Deus (Hebr 11,6), e com ela é impossível também deixar de agradar, pois Ele mesmo diz pelo profeta Oséias: Desponsabo te mihi in fide (Os 2,20), que quer dizer: “Se queres, alma, unir-se a mim e me desposar, deverás vir interiormente vestida de fé” (Noite passiva do espírito, cap. 21).
Recorramos à Santíssima Virgem para que esmague a cabeça daquele que se faz passar pelo Espírito Santo e quer fazer-se adorado em seu lugar. Recitemos por isso o Santo Rosário com todo o ardor de nossa fé, inimiga da “sensibilidade carismática”.

PS: Em nossa edição portuguesa, fizemos um resumo do texto original, modificando também um pouco a ordem do mesmo e alguns títulos e fazendo alguns pequenos acréscimos.
 Tomado de Sim Sim Não Não, edição brasileira.

(1) Assim testemunha um pentecostista: “Os católicos sabem agora que pode-se receber o batismo do Espírito Santo sem a imposição das mãos por parte dos bispos ou sacerdotes, porque podem ir diretamente a Jesus [como os protestantes]. De minha parte, descobri com muita surpresa que os católicos se alegram por já não dependerem completamente dos sacerdotes” (citado por Lumière, julho de 1975). Também um padre católico carismático testemunha: “Começamos a realizar o sacerdócio de todos os fiéis” (Ibidem).
(2) Ao qual resisti fortes na fé.


Fonte: FSSPX e Editora Permanência

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Dia da Padroeira desta Associação



Nossa Senhora Auxiliadora

Nossa Senhora Auxiliadora
24 de maio


“Auxiliadora, Virgem Formosa,
dos pequeninos, Mãe dadivosa,
de mil tormentas entre o furor,
teus filhos salva, astro de amor.


O Arcanjo Gabriel ao levar a mensagem de Deus à Virgem Maria, apenas trocou um paraíso por outro. A alma de Maria era como um oceano de graça quase sem praias, sem horizontes, sem limites.
A Virgem Maria é como um precioso diamante cravado na aliança entre Deus e os homens, anunciando as núpcias do céu com a terra.
Durante o diálogo da Anunciação do Anjo Gabriel com a Virgem Maria, um silêncio se fez no céu, a Trindade Santíssima com toda a corte celeste aguardava, ansiosa, a resposta da Virgem Maria, e ao ouvirem o seu sim, trombetas anunciaram com grande júbilo da obediência e a vitória da Mulher sobre a serpente. O Salvador estava para chegar; a humanidade ganhava uma Poderosíssima Auxiliadora, a Virgem concebida sem pecado, a Arca da Nova Aliança, o Primeiro Sacrário de Jesus na terra.

A Auxiliadora


Os antigos romanos chamavam “Auxilia” as tropas aliadas que combatiam com suas legiões. Assim o nome “Auxilia”, evoca lutas em campos de batalha, onde a vida se pode tornar heroísmo em defesa de um ideal.
A Igreja aqui na terra é também uma milícia; e os cristãos lutam pela defesa e pela propagação da fé. Nossa Senhora é o seu auxílio no combate e é terrível com um exército em ordem de batalha.
No século XVI, foi ameaçador o domínio do Mediterrâneo pela força naval dos Turcos.
O Papa São Pio V conseguiu unir a Espanha com Veneza, sob o comando de João da Áustria e, em 1571 no Estreito de Lepanto, destruir-se totalmente a força naval da Turquia. Durante a batalha o Papa rezava, com toda a sua corte, o rosário de Nossa Senhora. Depois da vitória, o Papa São Pio V, mandou incluir a Ladainha Lauretana a invocação de Maria “Auxílio dos Cristãos”.
Napoleão Bonaparte deportou o Papa Pio VII de Roma, que ficou prisioneiro na França entre 1809-1814. Tendo experimentado o poderoso auxílio da Mãe de Deus, quando recuperou a liberdade, Pio VII decretou a celebração da festa com o título Auxílio dos Cristãos, no dia 24 de maio do Ano Litúrgico.
O Papa Pio IX exaltou a figura de Maria quando promulgou o dogma da Imaculada Conceição(Ineffabilis Dei, 1854) com estas palavras: “Maria é fidelíssima auxiliadora e poderosíssima mediadora e reconciliadora de toda terra junto a seu Filho Unigênito
A invocação “Auxílio dos Cristãos” é a forma pública e social da mediação que a Santíssima Virgem exerce não só a favor de pessoas, instituições e países, mas também para o bem de toda a Igreja Católica e do Santo Padre o Papa, principalmente nos momentos mais trágicos da humanidade e nos períodos mais difíceis da Santa Igreja


“A Auxiliadora de Dom Bosco” (1815-1888)

São João Bosco, desde o colo materno, nutria pela Virgem Maria, uma devoção filial e de total confiança. Aos nove anos tem um sonho profético de sua missão, em que o próprio Cristo lhe diz: “Eu te darei a mestra, sob cuja doutrina podes tornar-te sábio, e sem a qual todo o saber torna-se estultice”.
São João Bosco colocou a invocação Auxilio dos Cristãos, sob o titulo de Nossa Senhora Auxiliadora, no centro da espiritualidade de suas congregações recém-fundadas.
Dom Bosco, homem de sonhos e de uma visão de futuro sem par! Dom Bosco homem de oração e trabalho, incansável pela salvação de almas, pelo bem –estar e o crescimento integral de seus jovens, religioso que acreditou na juventude e por ela gastou sua existência.
Dom Bosco nada atribuía à si mesmo, e sempre dizia: “Foi Maria quem tudo fez!”

O Papa Pio IX em 1868 escrevia a Dom Bosco, em ocasião da consagração do Santuário de Nossa Senhora Auxiliadora, exaltando o patrocínio de Maria sobre a Igreja e o Pontífice.
À todos que recorriam a Dom Bosco em suas dificuldades e ele com uma confiança inigualável, recomendava a novena a Virgem Auxiliadora que constituía de 3 Pai-Nossos, 3 Ave-Marias, 3 Glórias ao Pai, acrescentando a Jaculatória: “Graças e louvores se dêem a todo momento, aos Santíssimo e Diviníssimo Sacramento, 3 Salve-Rainhas, acrescentando a invocação: Maria Auxiliadora dos Cristãos, rogai por nós, durante nove dias, e oferecer alguma colaboração para obras caritivas.”
Na Basílica o maior monumento é a belíssima pintura sobre o altar-mor, com sete metros de altura por quatro de largura, do pintor Lorenzone, ladeada por uma bela moldura dourada. Nela a Virgem Auxiliadora é representada em toda a sua realeza ladeada pelos Apóstolos e Evangelistas.
A Associação de Maria Auxiliadora fundada por S. João Bosco “para promover a veneração do Santíssimo Sacramento e a devoção a Maria Auxílio dos Cristãos” canonicamente ereta no santuário de Maria Auxiliadora de Turim, no dia 18 de Abril de 1869 e ereta em Arquiconfraria por Sua Santidade o Papa Pio IX no dia 5 de Abril de 1870, pertence a família Salesiana.
A Igreja espalhada pelo mundo inteiro, recorre à Virgem Auxiliadora dos Cristãos, os fiéis recorrem à Mãe em suas necessidade e no céu ela não deixa de interceder por todos junto ao coração de seu Filho Jesus.


Fonte: História dos Santos, com adaptações próprias.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Teologia pos-moderna

Prezados amigos,

Salve Maria!

É essa teologia que se ensina hoje nos seminários, nas missas, nas catequeses de batismo, primeira comunhão, crisma, curso de noivos e etc. Ai vão estragando o pouco de piedade que o povo ainda tem.

Kyrie Eleison!

terça-feira, 22 de maio de 2012

Atenção, atenção!! Peregrinação adiada

Prezados amigos,

Salve Maria!

Por motivos de força maior, a peregrinação ao Santuário Estadual de Nossa Senhora da Piedade em Caeté/MG que estava marcada para dia 27 desde mês de maio foi adiada para o dia 17 de junho deste mesmo ano corrente.

Continuam valendo as mesmas regras para a peregrinação que podem ser visualizadas aqui e aqui.

Em caso de dúvidas, use a caixa de comentários para esclarecê-las.

Att.

Ass. Cult. Nossa Senhora Auxílio dos Cristãos

Quando os sacerdotes são castigo de Deus

São João Eudes
O maior sinal da ira de Deus sobre um povo e a mais terrível punição que sobre ele pode descarregar neste mundo é permitir que, em castigo dos seus crimes, venha a cair nas mãos de pastores que mais o são de nome do que de fato, que mais exercitam contra ele a crueldade de lobos famintos que a caridade de solícitos pastores, e que, em lugar de o alimentar cuidadosamente, o dilacera e devora com crueldade; que, em vez de levar o povo a Deus, o vende a Satanás; que em lugar de o encaminhar para o Céu, o arrasta com eles para o inferno; e, em vez de serem o sal da terra e a luz do mundo, são o seu veneno e as suas trevas.

Porque nós, sacerdotes e pastores, disse São Gregório, o grande, seremos condenados diante de Deus como "assassinos das almas que, todos os dias, vão para a morte eterna pelo nosso silêncio e nossa negligência". Diz também este mesmo Santo: "Nada há que tanto ultraje a Nosso Senhor (e, por conseguinte, que mais provoque a Sua ira e atraia mais maldições sobre os pastores e sobre o rebanho, sobre os sacerdotes e sobre o povo) como os exemplos de uma vida depravada dados por quem Ele estabeleceu para correção dos demais; quando pecam os que devem reprimir pecados"; quando os sacerdotes não cuidam da salvação das almas, quando não se preocupam mais do que em satisfazer as suas inclinações, quando todas as suas afeições terminam em coisas da terra; quando se alimentam com avidez da vã estima dos homens; quando para satisfazerem as suas ambições abandonam os trabalhos de Deus para se entregarem aos do mundo; quando, ocupando um lugar de santidade, se ocupam de questões terrenas e profanas e não mais pregam a verdadeira fé, a única que indica O Caminho, A Verdade e A Vida.

Quando Deus permite que isto suceda é prova muito certa de que está encolerizado contra o seu povo, sendo este o maior ca
stigo que lhe pode enviar neste mundo. Por isso Nosso Senhor diz incessantemente a todos os católicos: "Convertei-vos a Mim e dar-vos-ei pastores segundo o Meu Coração". O maior efeito da misericórdia de Deus dirigido ao Seu povo e a mais preciosa graça que pode outorgar-lhe é dar-lhe sacerdotes segundo o Seu Coração, que não buscam mais do que a Sua glória e a eterna salvação das almas.

(grifos nossos)